terça-feira, 6 de agosto de 2013

O que esperar de um líder

A diferença não está só na capacidade de gerir, organizar e guiar um grupo, mas também em ser líderes criadores de contexto, capazes de se colocar no lugar dos outros profissionais

Eduardo Shinyashiki

Não é de hoje que as pessoas têm se conscientizado da diferença entre um chefe e um líder. A figura do primeiro é relacionada a alguém que manda; já a do segundo está próxima a alguém que dá vontade de seguir, que inspira e nos ensina, que transforma o colaborador num seguidor.
Mas ser um líder não é uma tarefa simples. A posição está condicionada a responsabilidades grandes, inclusive a de ser um exemplo a quem trabalha junto. Quando exercemos um cargo de liderança, lidamos com um fenômeno complexo, um palco onde se movimentam vários atores, na maioria das vezes com interesses distintos e finalidades não tão convergentes quanto seria o ideal, em cenários que mudam cada vez mais rapidamente a partir de vários aspectos.
Nessa cena complexa, o líder precisa colocar em sua balança inúmeros fatores que, no final, não devem pender para nenhum dos lados. É exigido dele que equilibre continuamente energia, capacidade pessoal, organização, a opinião de outros líderes e os recursos que tem à disposição.

• Autoconsciência: conhecimento das próprias emoções, percebendo como e quando elas acontecem em nossa vida;Tanto quanto as habilidades práticas e técnicas aprendidas em faculdades e cursos, a capacidade e o potencial emocional dos profissionais em lidar com os outros e consigo mesmo é cada vez mais visado e requerido por quem contrata. Ocupar uma posição de liderança e ser bem sucedido em sua carreira exige, com certeza, uma aptidão especial em lidar com os sentimentos e reações de colegas de trabalho, subordinados e superiores. Significa, também, utilizar algumas habilidades importantes, entre elas:
• Gestão das emoções: capacidade de lidar com os sentimentos de maneira apropriada, sem se deixar dominar por eles;
• Automotivação: poder de ativar as emoções positivas como impulso à ação;
• Empatia: palavra originada do grego empátheia, que significa “entrar no sentimento”. É o reconhecimento do que os outros sentem;
• Gestão eficaz das relações interpessoais: habilidade de flexibilizar os comportamentos e atitudes em relação à percepção de nós mesmos e dos outros.
Como podemos observar, a inteligência emocional, continua sendo um fator fundamental para o sucesso de um profissional, seja ele líder ou não. Saber lidar com as emoções é característica essencial no atual mercado de trabalho.
Isso significa que, num mundo corporativo no qual o principal capital se tornou o intelectual, essa figura necessita de um entendimento e compreensão maior para com seus preciosos colaboradores.
O verdadeiro líder tem a capacidade de ouvir o próximo, e fazer algo diferente. A diferença não está só na capacidade de gerir, organizar e guiar um grupo, mas também em ser líderes criadores de contexto, capazes de se colocar no lugar dos outros profissionais, de ousar e criar novas soluções para os mesmos problemas de sempre, e aptos a gerenciar tanto as suas quanto as competências emocionais de toda sua equipe.
Fonte: Revista Incorporativa

Isenção de IR para participação no lucro sobe para R$ 6.270

Valor é para 2014; se correção de 4,5% se mantiver nos próximos anos, R$ 6.552,15 ficarão livres do imposto em 2015

Marcos Cézari

A partir de 2014, a tabela anual usada para calcular o Imposto de Renda na fonte sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas (PLR) será corrigida pelo mesmo percentual de reajuste da tabela mensal incidente sobre os rendimentos das pessoas físicas.
Como a tabela mensal será corrigida em 4,5% em 1º de janeiro de 2014, esse mesmo percentual será aplicado à tabela anual. Assim, o limite atual de isenção da PLR, que é de R$ 6.000 neste ano, subirá para R$ 6.270.
A correção foi autorizada pela lei nº 12.832, de 20 de junho, que traz as regras sobre a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas.
Se o governo mantiver a correção de 4,5% para os próximos anos (isso ainda dependerá de aprovação pelo Congresso), em 2015 a isenção passará para R$ 6.552,15.
Segundo a lei, a PLR está sujeita à tributação do IR exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês pelo trabalhador.
A tributação é feita pela tabela anual e não integrará a base de cálculo na declaração do IR.
A lei permite a dedução, da base de cálculo da PLR, das despesas com pensão alimentícia se houver decisão judicial, acordo homologado judicialmente ou separação consensual com escritura pública prevendo pagamentos sobre valores dessa natureza.
A lei também estabelece a formação de comissão paritária entre patrões e empregados para decidir sobre questões relacionadas à participação nos lucros. A empresa terá de prestar informações aos representantes dos trabalhadores para justificar as negociações.
Do acordo devem constar programas de metas, índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa.
Fonte: Folha de S.Paulo

Sped Social entrará em vigor em menos de seis meses

"Qualquer trabalhador que contribua para o sistema previdenciário, seja com o recolhimento do INSS ou outros impostos, está incluso na nova obrigação acessória", disse.

Fernanda Bompan

Especialistas alertam das pequenas às grandes empresas que faltam menos de seis meses para o início da implantação do Sped Social, mais um braço do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Eles afirmam que principalmente os optantes pelo Simples e as micro (MEI) devem ficar atentos às mudanças, já que essas companhias não estão envolvidas na maioria dos projetos e seriam as primeiras a entregarem as informações pedidas.
De acordo com a Receita Federal, as informações a serem prestadas pelo também chamado Sped Folha e EFD Social se referem a eventos trabalhistas - tais como admissões, demissões, entre outros - folha de pagamentos; ações judiciais trabalhistas; retenções de contribuição previdenciária; e algumas contribuições previdenciárias substituídas - como as incidentes sobre a comercialização da produção rural. Ou seja, o que antes era declarado por meio de obrigações isoladas de diferentes órgãos participantes (entre eles Secretaria da Receita Federal do Brasil, Ministério da Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego, Instituto Nacional do Seguro Social, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho, Conselho Curador do FGTS e Caixa Econômica Federal), agora passa a ser unificado, conforme a gerente especialista em soluções da unidade de negócios de Tax & Accounting da Thomson Reuters no Brasil, Victoria Sanches.
"Qualquer trabalhador que contribua para o sistema previdenciário, seja com o recolhimento do INSS ou outros impostos, está incluso na nova obrigação acessória", disse.
Porém, a regulamentação do Sped Social ainda não foi divulgada. A previsão é que o anúncio seja feito no mês que vem. "Isso é uma previsão. O problema é quanto mais tarde sair a regulamentação, pior para as empresas de softwares terminarem o desenvolvimento de seus produtos, bem como as empresas de contabilidade se adaptarem a esse sistema", diz o vice-presidente Administrativo do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e de Assessoramento no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Wilson Gimenez Júnior . Por outro lado, ele lembra que o layout do sistema já foi divulgado em julho, que dá base para as empresas de software começarem a trabalhar.
Para o presidente do sindicato, Sérgio Approbato Machado Júnior, as companhias devem se preparar desde já. "Como vem acontecendo com outras etapas do SPED, a EFD Social exigirá uma mudança cultural do empreendedorismo, com capacitação de pessoal, revisão de processos e principalmente investimento em controles de gestão."
Victoria afirma que a nova obrigação acessória já tem causado dúvidas e questionamentos nos contribuintes, não somente em relação ao novo processo de declaração, mas também aos prazos. Ela esclarece que "os eventos iniciais, que contemplam o cadastro de dados, serão os primeiros eventos a serem transmitidos para o fisco". "É um processo bastante detalhado, porque exige novas informações - entre elas se o colaborador possui casa própria e se utilizou o recurso de fundo de garantia - e a correta inscrição de todos os dados relativos aos trabalhadores", afirma.
Segundo Victoria, com a mudança, diferentes áreas da empresa deverão estar interligadas e em sinergia para o correto saneamento cadastral, entre elas o departamento de Medicina do Trabalho, Controle Fiscal, Jurídico, além de Recursos Humanos. "Estamos falando de mudanças significativas não somente o aspecto cultural, porém de processos, como também sistêmicas, já que a nova obrigação interfere diretamente no trabalho da área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, até então geralmente autônoma dentro das empresas", pontua a especialista.
Gimenez Júnior entende que as empresas mais afetadas serão aquelas que possuem um maior número de funcionários, isto é, as grandes empresas. Estas deverão está adaptadas até outubro. Para Victoria, os maiores impactos são relativos, já que algumas empresas terão que se modernizar.
Benefícios
"Este programa, em um primeiro momento, poderá representar um choque para as companhias, mas trata-se de uma excelente oportunidade para elas se reorganizarem e se modernizarem também. Além de garantir maior arrecadação para o governo e permitir a diminuição da sonegação, as empresas terão uma redução no número de obrigações acessórias - de nove declarações para um envio. Os benefícios são também em prol da sociedade, uma vez que o processo de aposentadoria futura será simplificado, tendo sistemas integrados no ambiente do fisco e uma melhor gestão do capital humano", prevê.
Gimenez Júnior endossa a opinião de Victoria, mas ele comenta que não pode acontecer a coexistência de obrigações antigas com o Sped, que ocorre no Sped Fiscal. "Por exemplo, a empresa do Lucro Real ainda tem que entregar o Dacon [Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais], mesmo com o EFD Contribuições [recolhimento do PIS e da Cofins]", aponta.
Fonte: DCI

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Maioria demite-se do chefe, não da empresa

Para aqueles que estão certos de que chegou o momento de partir para um novo desafio, uma dica importante é ser assertivo em seu currículo

Isis Borge Sangiovani

Muitos profissionais, por ingenuidade ou desinformação, acabam não sendo tão assertivos e podem cair em algumas armadilhas ao partir rumo a um novo desafio profissional. Um exemplo comum é comentar com colegas de sua empresa que estão em busca de outras oportunidades. Geralmente, esse tipo de comportamento não é bem recebido pelo empregador atual. O perigo para quem costuma contar suas intenções é de que, ao ficar ciente desses rumores de “corredor”, a empresa deixe de contar com sua contribuição e inicie a sua substituição.
Outro ponto que o profissional precisa analisar é saber se está 100% seguro sobre a troca de emprego para não descobrir, ao participar de entrevistas e processos seletivos, que o trabalho atual ainda é o melhor cenário para ele. Na maioria dos casos os profissionais “se demitem” de seus chefes e não da empresa. Por isso, antes de tomar qualquer atitude por impulso, o mais recomendado é identificar as situações que são desconfortáveis e ser claro com o gestor direto ou com o executivo acima de seu chefe, caso ele seja o problema em questão, além do responsável pela área de Recursos Humanos. O melhor é discutir abertamente sobre esses pontos e verificar a possibilidade de ajustá-los A comunicação ainda é a melhor maneira de se resolver as situações antes de tomar uma iniciativa que possa prejudicar a própria imagem dentro da companhia. 
Agora para aqueles que estão certos de que chegou o momento de partir para um novo desafio, uma dica importante é ser assertivo em seu currículo. Candidatos que descrevem no objetivo diversas opções de atuação, que em muitos casos chegam a ser antagônicas e para cargos totalmente diferentes, podem passar uma imagem de quem na prática, ironicamente, não possui um objetivo claro para a própria carreira. Descrições extensas ou com mensagens amplas como a capacidade de adaptação às diversas áreas e cargos, também são pouco convincentes para quem analisa tal perfil.
Essa falta de objetividade é exatamente o que as empresas não querem. A busca é por pessoas que mostrem paixão pelo que fazem e conhecem quais são os seus pontos fortes e onde podem contribuir com mais assertividade dentro da companhia. Isso também é avaliado em entrevistas e processos seletivos. Quanto mais claro o candidato for maior será sua credibilidade perante o entrevistador. É importante esclarecer que não há problema no exemplo de descrição “meu objetivo é atuar na área de operações, mas estou aberto caso identifiquem outras funções que podem ser aderentes ao meu perfil”. O comprometedor é não saber quais os objetivos e garantir estar preparado para atuar em qualquer área.
A candidatura para diferentes vagas também pode ser outra armadilha para o profissional. Certamente, em algum momento, o contratante perceberá que a mesma pessoa se interessou para vagas de analista, supervisor, gerente e diretor, provavelmente desconsiderará esse currículo. É melhor se candidatar a oportunidades compatíveis com sua experiência e perfil e não correr o risco de não ser chamado para nenhuma. 
Em suma, é preciso definir a partir de uma reflexão profunda e sem pressa se realmente chegou a hora de um novo desafio para a carreira e isso passa por conhecer com clareza o perfil de empresa e cargo que se deseja. Para concretizar esta meta é preciso foco aliado a um currículo que transmita esta imagem e consistência tanto na candidatura às vagas como durante as entrevistas.
Fonte: Revista Incorporativa

Maioria demite-se do chefe, não da empresa

Para aqueles que estão certos de que chegou o momento de partir para um novo desafio, uma dica importante é ser assertivo em seu currículo

Isis Borge Sangiovani

Muitos profissionais, por ingenuidade ou desinformação, acabam não sendo tão assertivos e podem cair em algumas armadilhas ao partir rumo a um novo desafio profissional. Um exemplo comum é comentar com colegas de sua empresa que estão em busca de outras oportunidades. Geralmente, esse tipo de comportamento não é bem recebido pelo empregador atual. O perigo para quem costuma contar suas intenções é de que, ao ficar ciente desses rumores de “corredor”, a empresa deixe de contar com sua contribuição e inicie a sua substituição.
Outro ponto que o profissional precisa analisar é saber se está 100% seguro sobre a troca de emprego para não descobrir, ao participar de entrevistas e processos seletivos, que o trabalho atual ainda é o melhor cenário para ele. Na maioria dos casos os profissionais “se demitem” de seus chefes e não da empresa. Por isso, antes de tomar qualquer atitude por impulso, o mais recomendado é identificar as situações que são desconfortáveis e ser claro com o gestor direto ou com o executivo acima de seu chefe, caso ele seja o problema em questão, além do responsável pela área de Recursos Humanos. O melhor é discutir abertamente sobre esses pontos e verificar a possibilidade de ajustá-los A comunicação ainda é a melhor maneira de se resolver as situações antes de tomar uma iniciativa que possa prejudicar a própria imagem dentro da companhia. 
Agora para aqueles que estão certos de que chegou o momento de partir para um novo desafio, uma dica importante é ser assertivo em seu currículo. Candidatos que descrevem no objetivo diversas opções de atuação, que em muitos casos chegam a ser antagônicas e para cargos totalmente diferentes, podem passar uma imagem de quem na prática, ironicamente, não possui um objetivo claro para a própria carreira. Descrições extensas ou com mensagens amplas como a capacidade de adaptação às diversas áreas e cargos, também são pouco convincentes para quem analisa tal perfil.
Essa falta de objetividade é exatamente o que as empresas não querem. A busca é por pessoas que mostrem paixão pelo que fazem e conhecem quais são os seus pontos fortes e onde podem contribuir com mais assertividade dentro da companhia. Isso também é avaliado em entrevistas e processos seletivos. Quanto mais claro o candidato for maior será sua credibilidade perante o entrevistador. É importante esclarecer que não há problema no exemplo de descrição “meu objetivo é atuar na área de operações, mas estou aberto caso identifiquem outras funções que podem ser aderentes ao meu perfil”. O comprometedor é não saber quais os objetivos e garantir estar preparado para atuar em qualquer área.
A candidatura para diferentes vagas também pode ser outra armadilha para o profissional. Certamente, em algum momento, o contratante perceberá que a mesma pessoa se interessou para vagas de analista, supervisor, gerente e diretor, provavelmente desconsiderará esse currículo. É melhor se candidatar a oportunidades compatíveis com sua experiência e perfil e não correr o risco de não ser chamado para nenhuma. 
Em suma, é preciso definir a partir de uma reflexão profunda e sem pressa se realmente chegou a hora de um novo desafio para a carreira e isso passa por conhecer com clareza o perfil de empresa e cargo que se deseja. Para concretizar esta meta é preciso foco aliado a um currículo que transmita esta imagem e consistência tanto na candidatura às vagas como durante as entrevistas.
Fonte: Revista Incorporativa