terça-feira, 29 de maio de 2012

Avaliação de ativos lidera problemas de auditoria

O grande número: 123. Esse é o número de deficiências das auditorias referentes a problemas de avaliação de ativos detectadas em 2010 entre os clientes das Big Four do setor de auditoria global. O grupo se compõe de PwC, Deloitte, KPMG e Ernst & Young.
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A volatilidade do mercado dificultou para as empresas e suas auditorias a avaliação dos ativos com base nos preços de mercado. Elas muitas vezes tiveram de recorrer a assessores externos para obter uma estimativa. Mas o excesso de dependência nesse tipo de orientação levou a uma alta significativa do número de deficiências de auditoria citado pelos órgãos reguladores, segundo estudo da companhia de avaliação de empresas Acuitas.

O Conselho de Supervisão Contábil das Companhias Abertas (PCAOB, pelas iniciais em inglês) detectou 123 deficiências de auditoria referentes às estimativas do valor justo e a baixas contábeis de ativos (para o valor recuperável) em 2010, o que torna a avaliação dos ativos o problema mais comum de auditoria, diz a Acuitas. A empresa examinou os relatórios mais recentes de vistoria da entidade de vigilância de auditoria referentes a 250 auditorias e outras tarefas das quatro grandes.

O PCAOB realiza vistorias anuais das Big Four e examina as auditorias que considera tendentes a serem as mais problemáticas. A entidade fiscalizadora assinala o trabalho como significativamente deficiente se considerar que a empresa não dispõe de provas suficientes para justificar a auditoria; normalmente as empresas conseguem corrigir os problemas.

Das 234 deficiências de auditoria citadas nos relatórios de vistoria de 2010 sobre as quatro grandes, o conselho encontrou 92 deficiências de valor justo e 31 deficiências relativas a baixa contábil de ativos para ajuste ao valor recuperável.

Esses números devem ser comparados às 21 deficiências de valor justo e 17 deficiências relativas a baixa contábil de ativos, do total de 72 deficiências detectado em 2009.

"O PCAOB está dizendo que os auditores, em determinadas situações, não fizeram a análise suficiente em termos de projeções da direção, ou não examinaram com o rigor necessário os pressupostos e metodologias que compuseram os modelos usados pelos serviços corporativos de precificação", disse Mark Zyla, diretor-executivo da Acuitas.

Fonte: Clipping/ Valor Econômico/ 24/05/2012

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