quarta-feira, 6 de março de 2013

Elas querem empreender

Mulheres contam como conseguiram independência financeira investindo em franquias
 Desde o final do século XIX, mulheres de todo o mundo conquistaram espaço significativo na sociedade, desafiando o status do homem como único provedor do lar. De lá para cá podemos destacar a ocupação do sexo feminino em cargos de confiança dentro de grandes corporações, a execução com maestria de profissões tradicionalmente masculinas e, em alguns casos, a mulher modernizou a configuração da família brasileira assumindo o papel de chefe da casa. No Brasil elas já são 37,7%, de acordo com o senso 2010 do IBGE. Agora, com as mudanças econômicas que fortalecem o poder de consumo da classe emergente, surge um novo papel: o de mulher empreendedora.
De acordo com a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2011, o Brasil possui uma das maiores proporções de empreendedorismo feminino entre o número total de empreendedores entrevistados (49%), sendo a quarta maior proporção entre os 54 países pesquisados. Batista Gigliotti, presidente da Fran Systems, consultoria em desenvolvimento de negócios e de franquias, explica que a mulher encontra no empreendedorismo a oportunidade de flexibilidade para conduzir a vida familiar. “A mulher é mais focada que o homem, mais pontual e mais rígida quanto aos processos. Estes fatores explicam a forma como elas obtêm sucesso na maioria dos casos”, afirma.
Com a palavra: elas!
A vitoriosa revolução feminina que lutou por igualdade de direitos mudou a história de várias mulheres, como Cristiane Silva de Carvalho, licenciada da rede de escolas de informática, capacitação profissional e inglês, Easycomp Plus. Cristiane, que mora em Santana do Ipanema, cidade de 47 mil habitantes em Alagoas, viu sua vida mudar ao divorciar-se há dois anos. Na partilha de bens, Cristiane ficou como detentora da escola, antes administrada pelo marido. “Eu trabalhava com o meu marido na escola. Na época ele administrava e eu era atendente. Eu tinha muitas ideias, mas ele não colocava crédito, achava que não iriam funcionar. Quando assumi a administração da escola senti muitas dificuldades, mas corri atrás, fiz cursos e o número de alunos saltou de 150 para 240. Brinco que, com a separação, eu dormi dona de casa e acordei empresária. Hoje tenho cinco funcionários, sou chefe de família e crio sozinha minha filha de 11 anos. Espero, em breve, mudar a escola para o modelo de franquia”, comenta.
Outro exemplo de determinação é o da psicopedagoga Glória Alves, que também optou por atuar na área de educação ao abrir uma franquia da inFlux English School, rede de escolas de idiomas com 90 unidades distribuídas em 13 estados e Distrito Federal. Para não deixar de lado as atividades profissionais após a aposentadoria, seguiu o caminho da emoção e voltou a lecionar, seu maior prazer. “Meu marido é um empresário bem sucedido, mas eu nunca quis trabalhar com ele. Sou formada em letras com especialização em psicopedagogia e sempre trabalhei. Beirar a aposentaria me deixou preocupada em parar minhas atividades. Há cerca de dois anos resolvi investir em uma franquia de escola de idiomas e vi no franchising uma oportunidade de recomeço”, conta Glória.
“Embora os setores mais procurados pelas mulheres para abrir o próprio negócio estejam relacionadas às áreas que envolvam o universo feminino, como alimentação, estética, beleza e moda, o setor de educação especializada está em ascensão no Brasil impulsionado pela boa fase econômica que fez reacender nos brasileiros os investimentos na área, se tornando assim uma ótima opção para investimento”, explica Gigliotti.
Amigas para sempre
As amigas de infância Cilmara Di Bella e Marise Pompeu Soares dividiram muitas experiências ao longo dos anos. Uma delas foi a de se unirem para abrir uma unidade da Seven Idiomas, escola de idiomas com mais de 25 anos de experiência no ensino de inglês e espanhol. “O segredo dessa parceria ter dado tão certo é o respeito, a clareza dos objetivos que desejamos alcançar, a disposição para encarar desafios e muitas horas de trabalho”, explica Cilmara. Para Marise, a sociedade trouxe bons frutos econômicos, além de uma ótima experiência. “A sociedade vai muito bem e a situação da unidade é boa, com perspectivas excelentes de crescimento”, finaliza.
Franquias crescem com a participação do público feminino
O setor de franquias, que faturou R$ 88,8 bilhões em 2011, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), tem uma participação feminina que chega a 52%. Por exemplo, na rede Kumon, que hoje tem 1.570 unidades, sendo a maior rede de franquias de educação do Brasil, elas já são 95% dos franqueados.
 
Fonte: Revista Incorporativa

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