segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Como desenvolver sua Inteligência Emocional

Segundo estudos realizados pelo psicólogo Daniel Goleman, autor do livro "A Inteligência Emocional", (Editora Campus/Elsevier, 1995), 90% da diferença entre as pessoas que obtém grande sucesso pessoal e profissional, e aquelas com desempenho apenas mediano, se deve a fatores relacionados a competências comportamentais, mais do que às habilidades aprendidas na escola.

O conjunto destas competências é o que podemos chamar de Inteligência Emocional. Elas têm cinco componentes principais:

Autopercepção - que é a capacidade das pessoas conhecerem a si próprias, em termos de seus comportamentos frente às situações de sua vida social e profissional, além do relacionamento consigo mesmo.
Autocontrole - ou capacidade de gerir as próprias emoções, seu estado de espírito e seu bom humor.
Auto-motivação - capacidade de motivar a si mesmo, e realizar as tarefas e ações necessárias para alcançar seus objetivos, independente das circunstâncias.
Empatia - habilidade de comunicação interpessoal de forma espontânea e não verbal, e de harmonizar-se com as pessoas.
Práticas sociais - capacidade de relacionamento interpessoal e de trabalho em equipe.
Analisando estes fatores comportamentais que compõem a inteligência emocional, percebemos que eles estão intimamente relacionados ao sucesso e às realizações pessoais.

Em qualquer área da atividade humana, pessoas com estrutura emocional sólida, conseguem melhor produtividade, e, por isto, destacam-se entre as demais.

Um esportista que não estiver bem, emocionalmente, mesmo sendo um atleta de destaque, dificilmente obterá vantagem sobre aquele que se apresentar com alto quociente emocional. Também nas empresas ocorre o mesmo, o profissional instável emocionalmente, tem sua produtividade prejudicada ao desempenhar suas funções.

Existe um estudo do professor John Kotter, da Universidade de Harvard, apresentado no livro As Novas Regras. Ele acompanhou um grupo de 115 alunos desta universidade, durante 20 anos, após sua formatura em 1974. Comparou o desempenho profissional deles ao final do período, com as notas obtidas pelos mesmos, ao concluírem o curso. O resultado, ao contrario do que se esperava, mostrou que não havia ralação positiva entra as notas obtidas, e o sucesso pessoal e profissional alcançado pelos participantes. Ou seja, os melhores alunos não foram os que obtiveram maior sucesso pessoal e profissional.

Baseado nos estudos atuais é possível afirmar que a Inteligência Emocional tem maior impacto na realização pessoal, profissional e na felicidade de uma pessoa, do que o QI, quociente de inteligência. Por isto é tão importante aprendermos a desenvolver nosso quociente emocional, ou QE.

No entanto, surge uma questão: é possível desenvolver a Inteligência Emocional? E como fazer para desenvolver esta habilidade tão importante?

Desenvolvendo a Inteligência Emocional
Um programa para desenvolver a inteligência emocional de uma pessoa, precisa cumprir as seguintes etapas:

Relacionar as principais competências comportamentais desta pessoa em relação ao seu contexto, pessoal e profissional.
Fazer uma avaliação destes comportamentos, comparando o grau atual destas competências, com o grau desejável naquele contexto.
Executar um treinamento, em relação aos comportamentos pouco desenvolvidos, com ações práticas.
Controlar os resultados até conseguir atingir as metas pretendidas.
Depois de saber quais os pontos fortes e as limitações, a pessoa deve ser orientada a desenvolver as competências comportamentais que mais estão prejudicando seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Habilidades como empatia, flexibilidade, espírito de liderança, poder de persuasão, motivação, comunicação e relacionamento interpessoal, entre outras, devem fazer parte do programa de desenvolvimento de sua Inteligência Emocional.

É preciso que a pessoa faça uma planilha com as competências que precisa desenvolver e aproveite todas as situações de sua vida pessoal e profissional para praticá-las.

Treinando, treinando, treinando
É como andar de bicicleta, é preciso praticar até tornar estas competências algo natural em sua vida. Se alguém tem dificuldade de falar em público, e esta competência é fundamental para o desenvolvimento de sua carreira, então será preciso praticar esta atividade até tornar-se espontânea.

Segundo pesquisas, o cérebro emocional aprende através de experiências repetidas. Portanto, depois de identificar seus pontos fracos, é preciso centrar forças neles até desenvolvê-los. É necessário enxergar as oportunidades do dia a dia para praticar suas competências em desenvolvimento.

Quem precisa desenvolver a Inteligência Emocional
Todas as pessoas se beneficiarão ao desenvolver sua Inteligência Emocional. Estudantes conseguirão melhor aproveitamento na escola. Jovens terão melhores condições de conseguir seu primeiro emprego, e construí uma carreira de sucesso desde o início. Profissionais terão melhores oportunidades de crescimento e condições de assumir cargos de chefia. Chefes terão melhores condições de liderar suas equipes. Enfim, a Inteligência Emocional poderá ser a diferença entre uma trajetória bem sucedida, com uma vida cheia de realizações, ou uma carreira medíocre.

Por isto, sugerimos a todas as pessoas: profissionais, estudantes, médicos, executivos e empresários, que busquem identificar seus pontos fortes e pontos fracos em relação à Inteligência Emocional, e desenvolvê-los da melhor forma possível. Lembre-se que nunca é tarde para o crescimento pessoal.

Autor: Ari Lima
fonte: Portal RH

Prazo para escrituração digital é prorrogado

SÃO PAULO – O prazo máximo para que os contribuintes de 15 Estados adotem a escrituração fiscal digital (EFD) foi prorrogado de janeiro de 2012 para janeiro de 2014. A alteração da data está prevista no protocolo ICMS nº 66, de 30 de setembro, e afeta as empresas dos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Sergipe.
De acordo com o protocolo, janeiro de 2014 é a data limite para que todos os contribuintes, exceto os enquadrados no Simples Nacional,  tenham implantado a versão digital dos livros fiscais de entrada e saída de mercadorias em que há incidência de ICMS. Entretanto, os Estados podem antecipar o início da obrigatoriedade, estabelecendo datas para cada grupo de contribuintes. “As empresas que já tem prazos interno fixados devem segui-los, pois ainda estão valendo”, afirma o advogado Marcelo Jabour, da Lex Legis Consultoria Tributária.
As secretarias da fazenda de Minas Gerais e São Paulo informaram que as datas estabelecidas internamente estão mantidas.  Nestes dois Estados, os maiores contribuintes tiveram que adotar a escrituração fiscal digital em 2009, 2010 e 2011. Em São Paulo, 5.760 contribuintes, com 20.103 estabelecimentos ativos, já estão incluídos na obrigatoriedade da EFD.

Por Bárbara Pombo | Valor Econômico
fonte: Sped Brasil

MTE informa que RAIS será transmitida por meio de certificação digital



A partir do ano 2012, teremos uma grande novidade na RAIS.

Veja a seguir a íntegra do comunicado do Ministério do Trabalho e Emprego:
"MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO
Secretaria de Políticas Públicas de Emprego
Coordenação-Geral de Estatísticas do Trabalho
Prezado Declarante,
A partir do ano 2012, teremos uma grande novidade na RAIS. Os estabelecimentos que possuem 250 ou mais vínculos empregatícios a serem declarados deverão utilizar a certificação digital para transmitirem sua declaração. Além da declaração do estabelecimento, o arquivo que contiver 250 vínculos ou mais, também deverá ser transmitido por meio de certificação digital.
ATENÇÃO! Somente será obrigatório o uso de certificação digital na transmissão da declaração ou do arquivo que tiver 250 vínculos empregatícios ou mais.
As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo que este pode ser um CPF ou um CNPJ.
Vale ressaltar que a utilização da certificação digital continuará facultativa para os demais estabelecimentos que não se enquadraram nessa obrigatoriedade, com a opção de transmitirem sua declaração por meio dessa chave privada, caso possuam.
Atenciosamente,
Coordenação-Geral de Estatísticas do Trabalho
RAIS - Relação Anual de Informações Sociais"
Revista Contábil & Empresarial Fiscolegis, 13 de Outubro de 2011
fonte: netlegis

Projeto aumenta limite de idade para dependente estudante no IR


Izar: medida vai aliviar carga tributária das famílias. A Câmara analisa o Projeto de Lei 1068/11, do deputado Ricardo Izar (PV-SP), que prevê o aumento de 24 para 28 anos do limite de idade para inclusão de dependente universitário para efeito de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física.
Segundo o autor, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, em 2006, aproximadamente 34% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos ainda frequentavam o ensino fundamental. Ele afirma que a distorção entre idade e série acarreta o aumento da idade média dos matriculados em cursos superiores.
Além disso, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a idade média dos matriculados no ensino superior aumentou de 25 anos em 1996 para 27 anos em 2002.
Izar ressalta que o seu projeto vai aliviar a carga tributária dos contribuintes responsáveis por estudantes universitários de até 28 anos. Seja por iniciarem cursos superiores mais tarde, seja por demorarem mais tempo para concluir seus cursos, esses jovens continuam na dependência financeira de seus responsáveis.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta: PL-1068/2011
Agência Câmara

Noções de "débito" e "crédito" e a enganosa acepção popular dos termos - Por Salézio Dagostim



Débito”, segundo o entendimento popular, é associado à ideia de dívida — “Eu devo algo para alguém”, enquanto que “crédito” transmite comumente a ideia de valor a receber — “Eu tenho um crédito com alguém”. Essa interpretação vulgar dos termos veio da maneira como se fala no dia a dia, ou seja, do uso popular reiterado dos mesmos com essas noções. Mas o que acontece de fato é que “débito” e “crédito” são termos técnicos contábeis, ou seja, termos usados na contabilidade para se efetuar um registro contábil, cumprindo-se, assim, com o princípio das partidas dobradas, ou com a forma contábil de registro, para dar entendimento aos atos praticados pelos gestores de uma pessoa jurídica.
Assim, quando o gestor pratica um ato, e esse ato é avaliado em dinheiro, é necessário que se faça o registro contábil. O registro contábil deve ser efetuado cumprindo-se a sua forma de registro, que é o método das partidas dobradas (“débito” e “crédito”).
Para facilitar o registro, em todas as operações monetárias, é necessário questionar o que a pessoa jurídica possui, o que ela tem, o que ela conseguiu com aquela ação. Assim, para responder a esses questionamentos, se convencionou adotar o termo “débito”. Então, “débito” é tudo aquilo que pertence à pessoa; as “coisas” que essa pessoa possui; tudo aquilo que é dela. Ora, como tudo aquilo que se tem veio de algum lugar, esse lugar foi apelidado de “crédito”. Então, “crédito” é a origem, e responde como a pessoa conseguiu aquilo que ela possui, aquilo que é seu. “Crédito” é a fonte, a procedência do “débito”. Se eu possuo algo, é porque obtive essa “coisa” de algum modo. O “crédito” responde como, de onde, e por que conseguimos o que possuímos.
Dessa forma, a escrituração contábil obedece a lógica da existência das “coisas”. Tudo o que se tem veio de algum lugar. Tudo o que se tem é o “débito”; e de onde vieram essas coisas é o “crédito”.
Ora, se “débito” e “crédito” são expressões técnicas usadas para se efetuar os registros contábeis, por que as pessoas associam “débito” à ideia de dívida e “crédito” à de valor a receber? Como dissemos anteriormente, essas noções vieram da maneira como esses termos foram divulgados popularmente. A divulgação sempre se dá em relação à outra pessoa — “Eu devo para alguém”. Observe-se que o “débito” é em relação à outra pessoa — a alguém. Logo, é esse alguém que tem algo a receber de mim. O “débito” pertence a ela, e não a mim. “Debita-se” em minha conta. É a outra pessoa que tem a receber de mim. O “débito” está contido na contabilidade dela. O mesmo se dá com o “crédito”. A ideia comumente transmitida diz respeito ao valor a receber. No entanto, o “crédito”, por ser uma origem, quem tem a receber é a outra pessoa. É a outra pessoa que é a proprietária da “dívida” (do “crédito”). É ela que irá pagar o valor. “Eu tenho um ‘crédito’ junto a Pedro”. Logo, Pedro me deve. O “crédito” está contido nos registros de Pedro, pois Pedro, para dever algo para mim, recebeu alguma “coisa”. A “coisa” recebida por Pedro é o “débito”, e a origem desse “débito”, que sou “eu”, é o “crédito”.
Portanto, nem sempre aquilo que se fala, e que se difunde popularmente, é o que realmente é. Por isso, às vezes, é necessário entender a lógica daquilo sobre o qual se está falando, especialmente quando estamos diante de termos contábeis. Mas, o que realmente importa é que os contadores e técnicos compreendam o que estamos explanando.
Salézio Dagostim é contador; pesquisador contábil; professor da Escola Brasileira de Contabilidade (EBRACON); autor de livros de contabilidade; fundador e ex-presidente do Sindicato dos Contadores do Estado do Rio Grande do Sul; sócio do escritório contábil estabelecido em Porto Alegre (RS), Dagostim Contadores Associados, à rua Dr. Barros Cassal, 33, 11º andar - salezio@dagostim.com.br - saleziodagostim.blogspot.com
Revista Contábil & Empresarial Fiscolegis, 07 de Outubro de 2011
fonte: netlegis