quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Empresas têm de seguir mais de 3 mil normas tributárias

O cenário afeta especialmente as empresas, que precisam seguir, em média, 3.512 normas tributárias para estar em dia com a legislação brasileira.
Desde que Constituição Federal foi promulgada, há 25 anos, foram publicadas no Brasil 4.785.194 normas, entre leis (complementares e ordinárias), decretos, medidas provisórias, emendas constitucionais e outros. Destes, 6,5% ou 309.147 tratam-se de normas tributárias. Os dados constam do estudo "Normas Editadas no Brasil: 25 anos da Constituição Federal de 1988", do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, que reúne informações coletadas até o último dia 30 de setembro.
O cenário afeta especialmente as empresas, que precisam seguir, em média, 3.512 normas tributárias para estar em dia com a legislação brasileira. "O cumprimento das determinações da nossa Constituição obriga as empresas brasileiras a destinarem, no geral, cerca de R$ 45 bilhões por ano, com equipe de funcionários, tecnologias, sistemas e equipamentos, a fim de acompanhar as modificações, evitar multas e eventuais prejuízos nos negócios", observa o presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike.
Na opinião de Olenike, a Lei 12.741/12, que obriga os estabelecimentos a informarem os tributos incidentes em produtos e serviços no documento fiscal, foi uma das principais conquistas na legislação.
De acordo com o relatório, foram editadas em média 31 normas tributárias por dia desde a promulgação da Constituição. Do total de 4.785.194 normas gerais editadas, 623.032 (13,02%) estavam em vigor quando a Constituição Federal completou 25 anos. Das 309.147 normas tributárias editadas, 23.412 (7,6%) estavam em vigor em 1º de outubro de 2013. 
O estudo do IBPT aponta ainda que o ano de 2012 teve o maior número de leis ordinárias e complementares editadas na esfera federal, em um total de 222 edições. De 1º de outubro de 2012 a 30 de setembro de 2013, foram editadas 670 normas federais.
Especialistas destacam normas
O estudo destaca ainda as normas de maior relevância. Entre elas, a Lei 2.815/2013 (Lei dos Portos). Também foi citada a legislação sobre eventos como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, e a Copa do Mundo de 2014, cujas especificações foram determinadas pela Lei nº 12.663/12.
O levantamento feito pelo IBPT verificou também que, apenas após 25 anos da Constituição, foi possível regulamentar a aposentadoria concedida à pessoa com deficiência, por meio da publicação da Lei Complementar 142/2013. Com informações da Assessoria de Imprensa do IBPT.
Fonte: Consultor Jurídico

Contribuintes podem desistir de processos e aderir ao Refis

À vista, pelo texto da MP, haverá perdão para as multas de mora e de ofício e encargos legais, além de desconto de 80% para as multas isoladas e de 45% para os juros de mora.

Laura Ignacio

Mesmo antes da sanção da Medida Provisória nº 615 pela presidente Dilma Rousseff, empresas e bancos começaram a procurar escritórios de advocacia e consultorias para fazer as contas e tentar predefinir se desistirão de discussões judiciais – que envolvem valores relevantes – para aderir ao chamado “novo Refis”. Isso porque o prazo para a adesão ao parcelamento, segundo o texto da MP, convertida ontem em lei, é pequeno, termina no dia 29 de novembro. Entre os bancos que estudam aderir, está o Santander.Valdirene Franhani Lopes: benefícios do “Refis das financeiras” são atrativos para aumentar o caixa da União
Além do Refis, que permitirá o parcelamento, com desconto, de débitos de Imposto de Renda e CSLL sobre lucros de coligadas e controladas no exterior, a MP traz benefícios para o pagamento de débitos de PIS e Cofins devidos por instituições financeiras e seguradoras, vencidos até 31 de dezembro de 2012. À vista, pelo texto da MP, haverá perdão para as multas de mora e de ofício e encargos legais, além de desconto de 80% para as multas isoladas e de 45% para os juros de mora. Em até 60 vezes, o contribuinte deverá pagar 20% de entrada. Sobre o restante, terá redução de 80% nas multas de mora e ofício, de 80% nas multas isoladas, de 40% nos juros de mora, além do perdão dos encargos legais.
Os bancos estudam e calculam os valores envolvidos, mas algumas regras “não ajudam”, como a que os obriga a desistir de processos judiciais, inclusive aqueles que discutem créditos de PIS e Cofins. Além disso, algumas instituições têm depósitos judiciais e estes não foram contemplados com a anistia.
A discussão começou após o Supremo ter definido, em 2005, que faturamento é a receita proveniente da venda de mercadorias e da prestação de serviços. Os bancos contestam o alargamento da base de cálculo da Cofins pela Lei nº 9.718, de 1998, o que incluiria os valores relativos a aplicações financeiras.
Em 2009, entrou na pauta da Corte o “leading case” relacionado à seguradora Axa. O julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Marco Aurélio. Porém, o processo que definirá a questão é do Santander, que será julgado com efeito de repercussão geral. O impacto da disputa para os cofres da União é de cerca de R$ 40 bilhões, de acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Em razão do impacto e da necessidade de caixa do governo em pleno período pré-eleitoral, os benefícios do “Refis das financeiras” são vistos por especialistas como uma ‘isca’. “São atrativos porque, com isso, o governo poderá aumentar seu caixa rapidamente”, afirma a advogada Valdirene Franhani Lopes, do Braga & Moreno Consultores & Advogados.
Apesar de também haver na MP um parcelamento para quem discute na Justiça a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins – com mesmos prazos e condições do Refis das financeiras -, especialistas orientam as empresas a não desistir da tese. Principalmente em razão do recente julgamento do STF que considerou legal excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins-Importação. A discussão relativa ao PIS e à Cofins, travada por meio da Ação Direta de Constitucionalidade (ADC) nº 18, é estimada em R$ 89,4 bilhões pela União e tramita há pelo menos 15 anos.
O advogado Vinícius Branco, do escritório Levy & Salomão Advogados, diz que o cálculo financeiro que vem sendo feito pela maioria das interessadas é o da reversão das provisões feitas nos balanços. “Se decidir aderir, é bom lembrar que não poderá voltar atrás”, afirma. Por outro lado, ele lembra que a reversão das provisões aumenta o patrimônio do banco, o que segundo as regras da Basiléia, faz com que as instituições financeiras possam emprestar mais dinheiro.
Independentemente da avaliação de risco das teses jurídicas, as discussões relativas ao Refis são tão antigas que se a empresa ou banco não tiver provisão, a anistia traria um impacto grande demais, sendo desaconselhável. A orientação é do advogado Luiz Roberto Peroba, do escritório Pinheiro Neto.
Mas caso haja provisão no balanço, segundo ele, aderir ao Refis pode ser interessante. “Com as reduções, a empresa ou banco pode até passar a registrar um lucro”, afirma. O advogado deixa claro que, nesse caso, deve ser avaliada a situação de cada empresa. “É preciso saber como está o resultado da companhia neste ano e considerar que as reduções oferecidas geram receita tributável porque é perdão de dívida”, acrescenta.
Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Resolução Questão 6 Exame Suficiência Bacharel 2013-2

Em relação a inclusão nas Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis,
aponte os itens abaixo, de acordo com a ITG 1000 – Modelo Contábil para
Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, que devem, obrigatoriamente,
constar nas Notas Explicativas e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. Declaração explícita e não reservada em conformidade com a ITG 1000.
II. Descrição resumida das operações da entidade e suas principais
atividades.
III. Referência às principais práticas contábeis adotadas na elaboração das
demonstrações contábeis.
IV. Descrição resumida das políticas contábeis significativas utilizadas pela
entidade.
Esta(ão) certo(s) o(s) item(ns):
a) I e II, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
Resolução
Item I - Verdadeira. No item 3.3 da ITG 1000 é discorrido que 
A entidade cujas demonstrações contábeis estiverem em conformidade com esta
Norma deve fazer uma declaração explicita e sem reservas dessa conformidade nas
notas explicativas
Item II - Verdadeira. No item 3.24 letra B da ITG 1000 é destacado que a entidade deve
divulgar em notas explicativas a 
descrição da natureza das operações da entidade e de suas principais atividades
OBS: eu entraria com recurso nessa questão, tendo em vista que a Norma ITG 1000
não utiliza a palavra "descrição resumida das operações" mas sim "descrição
da natureza das operações".
Item III- Verdadeira. No item 8.5 da ITG 1000 é informado que
A entidade deve divulgar no resumo das principais práticas contábeis:
(a) a base de mensuração utilizada na elaboração das demonstrações
contábeis;
(b) as outras práticas contábeis utilizadas que sejam relevantes para a
compreensão das demonstrações contábeis.
Item IV - Verdadeira. No item 3.17 é descrito que O conjunto completo 
 de demonstrações contábeis da entidade deve incluir todas
as seguintes demonstrações:
...
(f) notas explicativas, compreendendo o resumo das políticas contábeis
significativas e outras informações explanatórias.
Sendo assim, a resposta correta seria a letra B
Fonte: ITG 1000

domingo, 6 de outubro de 2013

Resolução Questão 5 Exame Suficiência Bacharel 2013-2


Uma sociedade empresária adota como método de avaliação de seu estoque o
custo médio ponderado móvel.
Em 31.12.2012, seu estoque de mercadorias para venda estava assim
constituído:
Estoque Inicial R$ 20.000,00
Quantidade  200 unidades
Valor Unitário  R$ 100,00
No decorrer do mês de janeiro de 2013, ocorreram as seguintes operações com
mercadorias:
3.1.2013 - Aquisição de mercadorias para revenda, conforme abaixo:
Quantidade  120 unidades
Preço Unitário  R$ 106,67
Frete  R$ 500,00
Seguro  R$ 300,00
12.1.2013 - Venda de mercadorias, conforme abaixo:
Quantidade 180 unidades
Preço Unitário R$250,00
22.1.2013 - Aquisição de mercadorias para revenda, conforme abaixo:
Quantidade  150 unidades
Preço Unitário  R$ 111,58
Frete  R$ 350,00
Seguro  R$ 200,00
Com base nas informações acima e desconsiderando a incidência de
tributos, o custo médio unitário utilizado para a baixa do estoque em
12.1.2013 foi de:
a) R$100,00.
b) R$102,50.
c) R$104,06.
d) R$105,00.
Resolução:
Esta é uma questão que envolve custos, especificamente
cálculo de custo médio ponderado do estoque
O custo médio ponderado do estoque é obtido pela média ponderada
dos valores de compra dos itens em relação ao volume comprado
e o saldo dos estoques
Então vamos montar abaixo como fica o custo médio de acordo com
as informações da questão
Estoque Inicial       20.000,00
Quantidade  200 unidades
Valor Unitário              100,00
Tabela de Custo Médio
COMPRA Venda SALDO (Custo Médio)
Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Unit.
Estoque Inicial 200          100,00
3.1.2013 -Foi comprado mercadorias para revenda, conforme abaixo:
Quantidade  120 unidades valor total
Preço Unitário              106,67
Frete              500,00 106,00*120+500,00+300,00 = 13.600,40
Seguro              300,00
Após a compra, um novo custo médio será calculado, o seguro compõe o custo 
Tabela de Custo Médio
COMPRA Venda SALDO (Custo Médio)
Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Total Valor Unit.
Estoque Inicial 200    20.000,00     100,00
compra  3.1.2013 120       13.600,40 320    33.600,40     105,00
Em 12.1.2013 - Venda de mercadorias, conforme abaixo:
Quantidade 180 unidades (180*104,06 = 18.741,48 )
Preço Unitário R$250,00
perceba que agora a quantidade vendida é multiplicada pelo valor
apurado na tabela de custo médio (180*104,06 = 18.741,48 )
Tabela de Custo Médio
COMPRA Venda SALDO (Custo Médio)
Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Total Valor Unit.
Estoque Inicial 200    20.000,00     100,00
compra  3.1.2013 120       13.600,40 320    33.600,40     105,00
venda 12.1.2013 180   18.900,23 140    14.700,18     105,00
Em 22.1.2013 - Aquisição de mercadorias para revenda, conforme abaixo:
Quantidade  150 unidades
Preço Unitário              111,58 (150*111,58+350,00+200,00 = 17.287,00)
Frete              350,00
Seguro              200,00
Tabela de Custo Médio
COMPRA Venda SALDO (Custo Médio)
Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor Total Valor Unit.
Estoque Inicial 200    20.000,00     100,00
compra  3.1.2013 120       13.600,40 320    33.600,40     105,00
venda 12.1.2013 180   18.900,23 140    14.700,18     105,00
compra  22.1.2013 150       17.287,00 290    31.987,18     110,30
Portanto, no dia 12.01.2013 o custo médio era de 105,00
Resposta correta letra D

Resolução Questão 4 Exame Suficiência Contador 2013-2

Uma sociedade empresária apresentou o seguinte balancete de verificação 
levantado em 31.7.2013:
CONTAS SALDOS DEVEDORES CREDORES
Bancos Conta Movimento  R$ 8.180,00
Caixa R$ 3.600,00
Capital Social  R$ 10.340,00
Custo das Mercadorias Vendidas  R$ 5.200,00
Custo Venda Imobilizado  R$ 3.000,00
Depreciações Acumuladas  R$ 2.500,00
Despesas com Depreciação  R$ 1.600,00
Despesas com Salários  R$ 3.380,00
Despesas com Vendas  R$ 1.200,00
Despesas com Aluguéis  R$ 500,00
Despesas Financeiras   R$ 450,00
Despesas Gerais  R$ 1.200,00
Devolução de Vendas  R$ 250,00
Duplicatas a Receber  R$ 11.000,00
Duplicatas Descontadas  R$ 6.370,00
Empréstimos de Longo Prazo  R$ 15.000,00
Estoques de Mercadorias  R$ 7.200,00
Fornecedores  R$ 8.250,00
ICMS Sobre Vendas   R$ 3.740,00
Juros a Transcorrer de Longo Prazo R$ 4.150,00
Moveis e Utensílios  R$ 19.430,00
Receita com Venda de Imobilizado   R$ 3.650,00
Receita Bruta com Vendas de Mercadorias  R$ 22.000,00
Receitas Financeiras R$ 1.470,00
Reservas de Lucros  R$ 4.500,00
TOTAL  R$ 74.080,00 R$ 74.080,00
Com base nos dados apresentados no balancete acima e desconsiderando 
a incidência tributária, o valor do lucro líquido é:
a) R$5.950,00. 
b) R$6.200,00. 
c) R$6.600,00. 
d) R$6.850,00.
Resolução:
Para calcular o lucro líquido, temos que elaborar a demonstração
do resultado.
Para isso, temos que identificar as contas de resultado, ou seja,
contas de receita e despesa
Vamos identificar no inicio de cada conta se ela é de resultado
conforme abaixo
CONTAS SALDOS DEVEDORES CREDORES
ATIVO Bancos Conta Movimento  R$ 8.180,00
ATIVO Caixa R$ 3.600,00
PL Capital Social  R$ 10.340,00
RESUL Custo das Mercadorias Vendidas  R$ 5.200,00
RESUL Custo Venda Imobilizado  R$ 3.000,00
ATIVO Depreciações Acumuladas  R$ 2.500,00
RESUL Despesas com Depreciação  R$ 1.600,00
RESUL Despesas com Salários  R$ 3.380,00
RESUL Despesas com Vendas  R$ 1.200,00
RESUL Despesas com Aluguéis  R$ 500,00
RESUL Despesas Financeiras   R$ 450,00
RESUL Despesas Gerais  R$ 1.200,00
RESUL Devolução de Vendas  R$ 250,00
ATIVO Duplicatas a Receber  R$ 11.000,00
PASSIVO Duplicatas Descontadas  R$ 6.370,00
PASSIVO Empréstimos de Longo Prazo  R$ 15.000,00
ATIVO Estoques de Mercadorias  R$ 7.200,00
PASSIVO Fornecedores  R$ 8.250,00
RESUL ICMS Sobre Vendas   R$ 3.740,00
PASSIVO Juros a Transcorrer de Longo Prazo R$ 4.150,00
ATIVO Moveis e Utensílios  R$ 19.430,00
RESUL Receita com Venda de Imobilizado   R$ 3.650,00
RESUL Receita Bruta com Vendas de Mercadorias  R$ 22.000,00
RESUL Receitas Financeiras R$ 1.470,00
PL Reservas de Lucros  R$ 4.500,00
TOTAL  R$ 74.080,00 R$ 74.080,00
Agora vamos elaborar a Demonstração do Resultado:
(=) Receita Bruta com Vendas de Mercadorias  R$ 22.000,00
(-) Devolução de Vendas  R$ 250,00
(-) ICMS Sobre Vendas   R$ 3.740,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas  R$ 5.200,00
(-) Despesas com Depreciação  R$ 1.600,00
(-) Despesas com Salários  R$ 3.380,00
(-) Despesas com Vendas  R$ 1.200,00
(-) Despesas com Aluguéis  R$ 500,00
(+) Receitas Financeiras R$ 1.470,00
(-) Despesas Financeiras   R$ 450,00
(-) Despesas Gerais  R$ 1.200,00
(+) Receita com Venda de Imobilizado   R$ 3.650,00
(-) Custo Venda Imobilizado  R$ 3.000,00
TOTAL  R$ 20.520,00 R$ 27.120,00
Resultado R$ 6.600,00
Resposta correta letra C