quinta-feira, 20 de junho de 2013

Microempresários terão crédito com juros a partir de 0,51%

A agência Fomento Paraná lançou R$ 600 milhões em crédito para micros, pequenos e médios empresários de comércio e serviço, além de representantes comerciais, com taxas de juros que variam de 0,51% a 1,07% ao mês. As linhas atendem projetos com custo de R$ 300 até R$ 3 milhões, com possibilidade de até 70% do valor para capital de giro. O objetivo é facilitar a gestão das empresas do setor, que são responsáveis por 62% do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense.
A iniciativa partiu de um acordo de cooperação técnica entre a entidade do governo do Estado e a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), para que o setor passasse a ser atendido por linhas do Banco do Empreendedor. Serão qualificados agentes de crédito dos sindicatos filiados à Fecomércio, para que apresentem as linhas às empresas. Em Londrina, são ligados à entidade os sindicatos do comércio varejista (Sincoval), de material óptico, fotográfico e cinematográfico (Sindióptica), de produtos farmacêuticos (Sinfarlon), dos Corretores de Café do Estado do Paraná e dos salões de cabeleireiros e de Beleza (Sincap).
O diretor de mercado e relações institucionais da Fomento Paraná, Alexandre Teixeira, destaca que os juros estão bem abaixo dos cobrados no mercado. "Temos as taxas mais baratas do Brasil e são desburocratizados, o que é uma grande vantagem", afirma. Em sete dias é possível ter acesso ao crédito, desde que todos os documentos sejam apresentados. O comum é demorar no mínimo três meses.
Teixeira diz que há possibilidade até de contar com zero de juro para crédito de até R$ 4 mil. "Se uma costureira precisar desse valor para máquinas de costura, terá contrato para pagar 24 parcelas de R$ 200, mas, se quitar 20 em dia, o governo equaliza o resto", diz. Cada projeto é analisado com uma taxa de risco diferente e, no caso de representantes comerciais, a linha do Banco do Empreendedor permitirá a aquisição ou adaptação de veículos para expor os mostruários de produtos.
Diretor de planejamento e gestão da Fecomércio, Dieter Lengning afirma que o crédito acessível, para os micros e pequenos comerciantes, é um pleito antigo do setor. Ele acredita que a maior parte dos empresários precisa de recursos para modernização de móveis, equipamentos e informatização dos estabelecimentos. Com isso, espera facilitar a sobrevivência das empresas. "O pequeno empresário tem dificuldade de adquirir sistemas de gestão informatizados, que permitem ter melhor controle e que podem alavancar o negócio."
Hoje são 416 mil empresas associadas à Fecomércio e Lengning conta que 98% são micros ou pequenas. Em todo o Estado, são 1,6 milhões de trabalhadores contratados no setor. Ele acredita que a maioria dos pedidos de crédito tende a ficar entre R$ 100 mil e R$ 500 mil. "A grande deficiência que os empresários do Estado têm é a falta de disponibilidade de crédito e de capital de giro", diz.

Texto confeccionado por: Fábio Galiotto

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