segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Tributação de Rendimentos de VGBL para Portadores de Moléstia Grave: Solução de Consulta Disit/SRRF04 nº 4004

A Solução de Consulta Disit/SRRF04 nº 4004, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 03/02/2025, trata da tributação de rendimentos decorrentes do VIDA GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE (VGBL) para titulares portadores de moléstia grave. A decisão estabelece que, mesmo nesses casos, os rendimentos estão sujeitos ao Imposto sobre a Renda de Pessoa Física (IRPF). A tributação incide sobre a diferença entre o valor recebido e o valor aplicado, seguindo o regime previsto na Lei nº 11.053/2004.

Resumo:

  • Assunto: Tributação de rendimentos de VGBL para portadores de moléstia grave.

  • Decisão: Rendimentos de VGBL estão sujeitos ao IRPF, mesmo para beneficiários com moléstia grave.

  • Base Legal: Lei nº 11.053/2004, Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966), Decreto nº 9.580/2018 (RIR/2018) e Instrução Normativa SRF nº 588/2005.

  • Tributação: Incide sobre a diferença entre o valor recebido e o valor aplicado.

  • Vinculação: A solução está vinculada à Solução de Consulta COSIT nº 152/2016.

Conclusão:
A Solução de Consulta reforça a aplicação do IRPF sobre rendimentos de VGBL, independentemente da condição de saúde do titular, seguindo as normas tributárias vigentes.



Solução de Consulta Disit/SRRF04 nº 4004, de 30 de janeiro de 2025
(Publicado(a) no DOU de 03/02/2025, seção 1, página 29)  

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPF
VIDA GERADOR DE BENEFÍCIO LIVRE - VGBL. PLANO DE SEGURO DE PESSOAS. TITULAR PORTADOR DE MOLÉSTIA GRAVE. IRPF. INCIDÊNCIA.
Sujeitam-se ao imposto sobre a renda os rendimentos decorrentes de VGBL, mesmo que o beneficiário seja portador de moléstia grave.
Quando do recebimento, tributa-se a diferença entre o valor recebido e o valor aplicado, adotando-se o regime de tributação nos termos dos arts. 1º a 3º da Lei nº 11.053, de 2004.
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 152, DE 31 DE OUTUBRO DE 2016.
Dispositivos Legais: Lei nº 5.172, de 1966 (Código Tributário Nacional), art. 111, II; Lei nº 11.053, de 2004, art. 3º, II; Decreto nº 9.580, de 2018 (Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR/2018), art. 47, XXII, e art. 693; Instrução Normativa SRF nº 588, de 2005, art. 11.

ROBERTO PETRÚCIO HERCULANO DE ALENCAR
Chefe
Em Exercício
*Este texto não substitui o publicado oficialmente.

 

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Split Payment: Uma Nova Era na Tributação Brasileira?

 O split payment, ou "pagamento dividido", é um sistema inovador de recolhimento de impostos sobre o consumo que está sendo proposto como parte da reforma tributária no Brasil. Aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados, o sistema promete revolucionar a forma como as empresas pagam seus impostos, com o objetivo principal de reduzir a sonegação e a inadimplência fiscal.

Como Funciona o Split Payment na Prática:

Imagine que sua empresa realiza uma venda. Com o split payment, o valor do imposto sobre o consumo (IBS e CBS) seria automaticamente separado no momento da transação e direcionado diretamente para os cofres públicos (União, estados e municípios). O valor líquido da venda seria então creditado ao fornecedor.

Vantagens do Split Payment:

  • Redução da Sonegação e Inadimplência: O pagamento automático dos impostos dificulta a sonegação e garante que os tributos cheguem aos cofres públicos de forma mais eficiente.
  • Simplificação do Sistema Tributário: O sistema promete simplificar o processo de recolhimento de impostos, reduzindo a burocracia para as empresas.
  • Maior Transparência: O split payment oferece maior transparência na arrecadação de impostos, permitindo que o governo acompanhe de perto o fluxo de recursos.

Desafios e Impactos no Fluxo de Caixa:

Apesar das vantagens, o split payment também apresenta desafios, especialmente para as pequenas empresas e optantes pelo Simples Nacional.

  • Impacto no Fluxo de Caixa: O pagamento imediato dos impostos pode reduzir o capital de giro das empresas, impactando seu fluxo de caixa. Isso ocorre porque o valor dos impostos, que antes ficava disponível para a empresa por um tempo, passa a ser recolhido instantaneamente.
  • Necessidade de Planejamento Financeiro: As empresas precisarão se adaptar ao novo sistema, ajustando seu planejamento financeiro para lidar com a nova dinâmica de pagamentos de impostos.
  • Possível Perda de "Caixa": O economista João Maria de Oliveira, do Ipea, aponta que alguns setores podem sentir uma perda, já que o tributo deixará de ser "caixa" da empresa por um período.

O que Dizem os Especialistas:

  • Charles Gularte (Contabilizei): O impacto do split payment será maior para as pequenas empresas e optantes pelo Simples Nacional, que terão menos dinheiro em caixa para suas operações diárias.
  • João Maria de Oliveira (Ipea): O sistema pode gerar resistência de alguns setores, que perderão a oportunidade de usar o valor dos impostos como "caixa" por um período.

Como se Preparar para o Split Payment:

  • Avalie o Impacto no seu Fluxo de Caixa: Faça uma análise detalhada de como o split payment afetará o fluxo de caixa da sua empresa e identifique possíveis pontos de atenção.
  • Planeje suas Finanças: Ajuste seu planejamento financeiro, considerando as novas datas de pagamento de impostos e o impacto no seu capital de giro.
  • Busque Informação: Mantenha-se atualizado sobre as novidades do split payment e procure orientação de especialistas para entender como o sistema funcionará na prática.

O split payment representa uma mudança significativa no sistema tributário brasileiro, com potencial para gerar impactos importantes para as empresas. É fundamental que os empreendedores estejam atentos a essas mudanças, se preparem para os desafios e busquem informações para garantir a saúde financeira de seus negócios.

Lembre-se: Este é um resumo das informações disponíveis até o momento. A regulamentação do split payment ainda está em andamento e novas informações podem surgir.

NF-e e NFF: Publicada versão 1.12 da Nota Técnica 2021.002

 A Coordenação Técnica do ENCAT publicou a versão 1.12 da Nota Técnica 2021.002, que traz atualizações importantes para a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em sua adequação à Nota Fiscal Fácil (NFF). As principais novidades são o início imediato da Série da NFF (000-999) e o ajuste da lei de formação da série na chave de acesso da NFF.

  • Nota Fiscal Fácil (NFF): O Regime Especial Nota Fiscal Fácil (NFF) tem como objetivo simplificar o processo de emissão de documentos fiscais eletrônicos, tanto para vendas de mercadorias quanto para prestação de serviços de transporte.
  • Sistema Centralizado: A complexidade da legislação fiscal fica sob a responsabilidade de um sistema centralizado, disponível no Portal Nacional da NFF. Esse sistema, por meio de sua "inteligência fiscal", possibilita uma emissão fácil e intuitiva do documento.
  • Aplicativo Emissor de Documentos Fiscais Eletrônicos (App NFF): As Secretarias de Fazenda dos Estados disponibilizaram um aplicativo para dispositivos móveis que coleta as informações necessárias para a emissão dos documentos fiscais.
  • Adequação da NF-e: A Nota Técnica 2021.002 v.1.12 realiza as adequações necessárias no Schema XML da NF-e e nas regras de negócio dos sistemas autorizadores para receber o novo tipo de emissão de Notas Fiscais Eletrônicas.
  • Dados para Geração do Documento Fiscal: A nota técnica traz explicações detalhadas sobre os dados necessários para a geração do documento fiscal, como gerar a chave de acesso e outras informações relevantes.

Informações Adicionais:

A versão 1.12 da Nota Técnica 2021.002 pode ser acessada na íntegra no seguinte link: https://www.fiscontabil.com.br/noticias/detalhes/30096/publicada-a-versao-1.12-da-nota-tecnica-2021.002

Relevância:

Essa atualização é fundamental para todos os contribuintes que emitem NF-e, pois traz informações importantes sobre a adequação da NF-e à NFF e sobre como utilizar o novo sistema de emissão de documentos fiscais. É essencial que os usuários da NF-e consultem a íntegra da Nota Técnica para se manterem atualizados sobre as mudanças e garantir a correta emissão de seus documentos fiscais.

Observação:

A publicação desta nota técnica demonstra o esforço contínuo da Coordenação Técnica do ENCAT em aprimorar o sistema de emissão de documentos fiscais eletrônicos, simplificando o processo para os contribuintes e garantindo a conformidade com a legislação fiscal.

Lei nº 15.103/2025: Impulsionando a Transição Energética no Brasil

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Análise da Lei nº 15.103/2025: Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten)

Título: Lei nº 15.103/2025: Impulsionando a Transição Energética no Brasil

Explicação do Conteúdo:

A Lei nº 15.103/2025, publicada no DOU de 23 de janeiro de 2025, institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), com o objetivo de fomentar o financiamento e o desenvolvimento de projetos de energia sustentável no Brasil. A lei estabelece metas ambiciosas para a redução de emissões de gases de efeito estufa e incentiva a utilização de fontes de energia de baixo carbono, como a energia solar, eólica, biomassa, biogás, biometano e hidrogênio verde.

Resumo das Notícias:

  • Criação do Paten: O programa busca acelerar a transição energética por meio do financiamento de projetos sustentáveis, com foco em infraestrutura, pesquisa tecnológica e inovação.
  • Objetivos do Paten: A lei define como objetivos do programa o fomento ao financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável, a aproximação entre instituições financiadoras e empresas, a permissão do uso de créditos de empresas com a União para financiamento, a promoção da energia de baixo carbono e o estímulo a atividades relacionadas à transição energética em regiões carboníferas.
  • Projetos de Desenvolvimento Sustentável: São considerados projetos de desenvolvimento sustentável aqueles destinados à execução de obras de infraestrutura, modernização, expansão ou implantação de parques de produção energética de matriz sustentável, à pesquisa tecnológica e ao desenvolvimento de inovação tecnológica que proporcionem benefícios socioambientais ou mitiguem impactos ao meio ambiente.
  • Setores Prioritários: A lei estabelece setores prioritários para os projetos de desenvolvimento sustentável, como tecnologias e produção de combustíveis de baixa emissão, expansão e modernização de energias renováveis, substituição de matrizes energéticas poluentes, recuperação e valorização energética de resíduos, desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia, capacitação técnica, pesquisa e desenvolvimento em energias renováveis, desenvolvimento da produção, transporte e distribuição de gás natural, desenvolvimento de produção nacional de fertilizantes nitrogenados e descarbonização da matriz de transporte.
  • Instrumentos do Paten: O programa será composto pelo Fundo de Garantias para o Desenvolvimento Sustentável (Fundo Verde) e pela transação tributária condicionada ao investimento em desenvolvimento sustentável.
  • Fundo Verde: O Fundo Verde é um fundo de aval de natureza privada que garantirá, total ou parcialmente, o risco dos financiamentos concedidos para projetos no âmbito do Paten. Ele será composto por créditos de pessoas jurídicas com a União.
  • Transação Tributária: Empresas com projetos aprovados poderão propor transação individual de débitos com a União, utilizando o cronograma de desembolsos para investimento e a receita do projeto como base para o pagamento.
  • Alterações em outras leis: A Lei nº 9.991/2000, que trata da aplicação de recursos em pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética, e a Lei nº 9.478/1997, que dispõe sobre a política energética nacional, também foram alteradas para se adequarem aos objetivos do Paten.

Informações Adicionais:

A Lei nº 15.103/2025 representa um marco importante na política energética brasileira, estabelecendo um arcabouço legal para impulsionar a transição para uma matriz energética mais sustentável e de baixo carbono. A criação do Paten e seus instrumentos, como o Fundo Verde e a transação tributária, oferecem novas oportunidades para empresas e investidores que desejam contribuir para o desenvolvimento de projetos inovadores e alinhados com os princípios da sustentabilidade.

Relevância:

A Lei nº 15.103/2025 é de grande relevância para o setor energético, empresas de tecnologia, investidores e para a sociedade em geral, que busca alternativas mais limpas e eficientes para a produção e o consumo de energia. A lei demonstra o compromisso do Brasil com aAgenda 2030 e oAcordo de Paris, além de gerar novas oportunidades de negócios e empregos no setor de energia renovável.


 LEI Nº 15.103 DE 22 DE JANEIRO DE 2025

Mensagem de vetoInstitui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten); e altera as Leis nºs 13.988, de 14 de abril de 2020, 11.484, de 31 de maio de 2007, 9.991, de 24 de julho de 2000, e 9.478, de 6 de agosto de 1997.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 

Capítulo I

DO PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA (PATEN) 

Art. 1º Esta Lei institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

Parágrafo único. O Poder Executivo indicará por meio de decreto os órgãos responsáveis pela regulamentação, supervisão e execução do Paten.

Art. 2º Constituem objetivos do Paten:

I - fomentar o financiamento de projetos de desenvolvimento sustentável, especialmente aqueles relacionados a infraestrutura, a pesquisa tecnológica e a desenvolvimento de inovação tecnológica;

II - aproximar as instituições financiadoras das empresas interessadas em desenvolver projetos de desenvolvimento sustentável;

III - permitir a utilização de créditos detidos pelas pessoas jurídicas de direito privado perante a União como instrumento de financiamento;

IV - promover a geração e o uso eficiente da energia de baixo carbono por meio de projetos sustentáveis alinhados aos compromissos de redução de emissão de gases de efeito estufa assumidos pelo Brasil, com especial atenção ao potencial mitigador da utilização de tecnologias de geração de energia a partir da recuperação e da valorização energética de resíduos; e

V - estimular atividades relacionadas à transição energética em regiões carboníferas, com vistas:

a) ao desenvolvimento de setores econômicos que venham a substituir a atividade carbonífera;

b) ao desenvolvimento de atividades que resultem na redução significativa das emissões de gases de efeito estufa da atividade carbonífera.

Art. 3º Para os fins desta Lei, consideram-se projetos de desenvolvimento sustentável aqueles destinados à execução de obras de infraestrutura, modernização, expansão ou implantação de parques de produção energética de matriz sustentável, à pesquisa tecnológica e ao desenvolvimento de inovação tecnológica que proporcionem benefícios socioambientais ou mitiguem impactos ao meio ambiente.

§ 1º Os projetos de que trata o caput deste artigo deverão estar relacionados aos seguintes setores prioritários:

I - desenvolvimento de tecnologias e produção de combustíveis que reduzam a emissão de gases de efeito estufa, como:

a) etanol;

b) combustível sustentável de aviação (SAF);

c) biodiesel, diesel verde e combustíveis sintéticos de baixa emissão de carbono;

d) biogás e biometano;

e) hidrogênio de baixa emissão de carbono ou hidrogênio verde e seus derivados;

f) captura e armazenamento de carbono;

g) recuperação e valorização energética de resíduos sólidos;

h) fissão e fusão nuclear;

i) gás natural aplicado em substituição de fontes de maior emissão de gases de efeito estufa;

j) produção de amônia, de amônia verde e derivados;

II - expansão e modernização da geração e da transmissão de energia solar, eólica, nuclear, de biomassa, de gás natural, de biogás e biometano, de centrais hidrelétricas de qualquer capacidade instalada e de outras fontes de energia renovável, inclusive em imóveis rurais;

III - substituição de matrizes energéticas com maior emissão de carbono por fontes de energia limpa;

IV - desenvolvimento de projetos de recuperação e valorização energética de resíduos;

V - desenvolvimento e integração dos sistemas de armazenamento de energia;

VI - capacitação técnica, pesquisa e desenvolvimento de soluções relacionadas a energia renovável;

VII - desenvolvimento da produção, do transporte e da distribuição de gás natural;

VIII - desenvolvimento de produção nacional de fertilizantes nitrogenados;

IX - descarbonização da matriz de transporte;

X - desenvolvimento de projetos para a implantação de infraestrutura de abastecimento dos combustíveis referidos no inciso I deste parágrafo, inclusive para a instalação de novos postos de abastecimento;

XI - desenvolvimento de projetos que incentivem a fabricação, a comercialização, a aquisição e a utilização de veículos pesados e máquinas agrícolas e de outros veículos movidos a gás natural veicular e biometano, assim como a conversão ou substituição de motores a diesel circulantes para gás natural veicular e biometano, além dos demais combustíveis referidos no inciso I deste parágrafo.

§ 2º Os critérios de análise, os procedimentos e as condições para aprovação dos projetos serão estabelecidos na regulamentação desta Lei.

§ 3º Considera-se produtor e fornecedor independente de matéria-prima de biocombustível a pessoa física ou jurídica que explore atividade agropecuária e a destine à produção dos biocombustíveis de que trata este artigo ao cultivar terras próprias ou de terceiros.

Art. 4º O Paten compõe-se dos seguintes instrumentos:

I - Fundo de Garantias para o Desenvolvimento Sustentável (Fundo Verde); e

II - transação tributária condicionada ao investimento em desenvolvimento sustentável. 

CAPÍTULO II

DO FUNDO DE GARANTIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (FUNDO VERDE) 

Art. 5º Fica criado o Fundo de Garantias para o Desenvolvimento Sustentável (Fundo Verde), fundo de aval de natureza privada e patrimônio próprio, separado do patrimônio dos cotistas, que será sujeito a direitos e obrigações próprios, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a finalidade de garantir, total ou parcialmente, o risco dos financiamentos concedidos por instituições financeiras para o desenvolvimento de projetos no âmbito do Paten.

Parágrafo único. O Fundo Verde será composto de créditos detidos por pessoas jurídicas de direito privado perante a União.

Art. 6º As pessoas jurídicas que tenham projeto de desenvolvimento sustentável aprovado, nos termos da regulamentação prevista no § 2º do art. 3º, poderão integralizar ao fundo de que trata o art. 5º desta Lei créditos de que sejam titulares perante a União.

§ 1º Poderão ser integralizados ao Fundo Verde:

I - precatórios e direitos creditórios decorrentes de decisões judiciais transitadas em julgado em face da União; e

II - créditos tributários com Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso deferido pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, relativos aos seguintes tributos:

a) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

b) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep);

c) Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços (Contribuição para o PIS/Pasep-Importação);

d) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

e) Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior (Cofins-Importação).

§ 2º É vedada a integralização de créditos que sejam objeto de demanda judicial que possa alterar sua titularidade, validade ou exigibilidade, na primeira ou segunda instância judicial.

Art. 7º A pessoa jurídica que integralizar créditos ao Fundo Verde receberá quotas de participação em valor equivalente ao montante integralizado.

§ 1º A garantia disponibilizada pelo Fundo Verde será equivalente ao valor das quotas distribuídas.

§ 2º As quotas de participação no Fundo Verde são transferíveis, desde que ainda não tenham sido dadas em garantia, nos termos previstos na regulamentação desta Lei.

Art. 8º O crédito integralizado ao Fundo Verde, enquanto permanecer nessa condição, não poderá ser utilizado para compensações pela pessoa jurídica que o integralizar.

§ 1º Na hipótese de deferimento de pedido de restituição de crédito ou de pagamento de precatório integralizados, o valor será pago ao Fundo Verde, que o reterá até que seja realizada a complementação ou a substituição da garantia.

§ 2º A pessoa jurídica poderá complementar ou substituir a garantia por meio da integralização de dinheiro em espécie ou da utilização de instrumentos financeiros autorizados na regulamentação desta Lei e aceitos pelo agente financeiro.

Art. 9º É autorizado à pessoa jurídica retirar os créditos integralizados ao Fundo Verde, mediante o cancelamento das quotas correspondentes, desde que resguardado o montante necessário para garantir as operações de financiamento contratadas.

Art. 10. A remuneração do administrador do Fundo Verde será definida em ato da autoridade monetária, vedada a remuneração do administrador em percentual superior a 1% a.a. (um por cento ao ano) sobre o valor dos ativos do Fundo Verde.

Art. 11. Os riscos de crédito assumidos no âmbito do Paten por instituições financeiras autorizadas a operar pelo Banco Central do Brasil, incluídas as cooperativas de crédito, serão garantidos pelas quotas do tomador regularmente constituídas.

Parágrafo único. Os agentes financeiros assegurarão que, no âmbito do Paten, a garantia pelo Fundo Verde seja concedida exclusivamente para financiamento de projetos aprovados em conformidade com o § 2º do art. 3º desta Lei, vedado ao agente financeiro prever contratualmente obrigação ou reter recursos para liquidação de débitos preexistentes.

Art. 12. A garantia concedida pelo Fundo Verde não implicará isenção dos tomadores de suas obrigações financeiras, os quais permanecerão sujeitos a todos os procedimentos de recuperação de crédito previstos na legislação.

Parágrafo único. A recuperação de créditos inadimplidos que excederem a garantia prestada pelo Fundo Verde será realizada pelos agentes financeiros concedentes do crédito ou por terceiros contratados pelos referidos agentes, observados a legislação aplicável e os termos contratuais.

Art. 13. Na hipótese de inadimplemento do financiamento contratado, a execução da garantia ocorrerá por meio da transferência das quotas do Fundo Verde e do crédito subjacente ao agente financeiro.

§ 1º O agente financeiro que receber as quotas por qualquer razão, no âmbito do Fundo Verde, retirará os créditos subjacentes, mediante o cancelamento das respectivas quotas.

§ 2º Os créditos retirados nos termos do § 1º deste artigo manterão a mesma natureza jurídica que possuíam no momento de sua integralização pela pessoa jurídica financiada.

Art. 14. Poderão aderir ao Fundo Verde, por meio de convênio firmado com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que autorizem em lei específica a integralização de precatórios por eles expedidos e de créditos dos contribuintes referentes ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput deste artigo, serão de responsabilidade do Estado, do Distrito Federal e dos Municípios a prévia verificação da validade e a homologação dos créditos que serão integralizados. 

CAPÍTULO III

DA TRANSAÇÃO TRIBUTÁRIA CONDICIONADA AO INVESTIMENTO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 

Art. 15. A pessoa jurídica que tenha projeto de desenvolvimento sustentável aprovado, nos termos da regulamentação prevista no § 2º do art. 3º desta Lei, poderá submeter proposta de transação individual de débitos que possua perante a União, suas autarquias e fundações públicas, nos termos da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020.

§ 1º Em relação à hipótese de transação de que trata este artigo, o valor da parcela para pagamento do saldo dos valores transacionados poderá levar em consideração o cronograma de desembolsos para o investimento e a receita bruta auferida pelo respectivo projeto de desenvolvimento sustentável, observados os limites previstos no inciso III do § 2º do art. 11 da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, e no § 11 do art. 195 da Constituição Federal.

§ 2º Implicará a rescisão da transação a execução do projeto de desenvolvimento sustentável em desacordo com os termos e os prazos fixados em sua aprovação.

Art. 16. O art. 11 da Lei nº 13.988, de 14 de abril de 2020, passa a vigorar acrescido do seguinte § 13:

“Art. 11. .........................................................................................................

........................................................................................................................

§ 13. Sempre que possível, na celebração das transações, serão considerados e perseguidos objetivos e ações de desenvolvimento sustentável, devendo-se buscar efeitos socioambientais positivos a partir das concessões recíprocas que decorrerem do negócio.” (NR)

 CAPÍTULO IV

DAS DEMAIS ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO 

Art. 17. (VETADO).

Art. 18. A Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º As concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica ficam obrigadas a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 0,50% (cinquenta centésimos por cento) de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e, no mínimo, 0,50% (cinquenta centésimos por cento) em programas de eficiência energética no uso final, observado o seguinte:

I - (revogado);

........................................................................................................................

III - (revogado);

IV - (revogado);

........................................................................................................................

VIII - as concessionárias e as permissionárias do serviço público de distribuição de energia elétrica poderão aplicar recursos de eficiência energética para instalar sistemas de geração de energia renovável em edificações pertencentes a associações comunitárias de natureza jurídica de direito privado sem fins lucrativos, quando tecnicamente viável e previamente autorizado pelo proprietário do prédio, com o objetivo de atender ao disposto no inciso V deste caput e aos objetivos do Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

........................................................................................................................

§ 4º A energia elétrica gerada pelo sistema renovável a que se refere o inciso VIII do caput deste artigo será destinada ao atendimento das necessidades da associação comunitária de natureza jurídica de direito privado sem fins lucrativos, e eventual excedente de energia elétrica deverá ser utilizado para fim de abastecimento, sem ônus, de unidade consumidora que atenda às condições estabelecidas nos incisos I ou II do caput do art. 2º da Lei nº 12.212, de 20 de janeiro de 2010.” (NR)

“Art. 5º-B. (VETADO).” (NR)

Art. 19. A Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º ...........................................................................................................

........................................................................................................................

XVIII - mitigar as emissões de gases causadores de efeito estufa e de poluentes nos setores de energia e de transportes, inclusive com o uso de biocombustíveis, de hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados e da captura e da estocagem geológica de dióxido de carbono;

.............................................................................................................” (NR)

“Art. 2º ..........................................................................................................

.......................................................................................................................

XVII - estabelecer diretrizes para o desenvolvimento da indústria do hidrogênio de baixa emissão de carbono.

..............................................................................................................” (NR)

“Art. 8º A ANP tem como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural, dos combustíveis sintéticos, dos biocombustíveis, do hidrogênio de baixo carbono e da captura e da estocagem geológica de dióxido de carbono, no que lhe compete conforme a lei, cabendo-lhe:

.......................................................................................................................

XVIII - especificar a qualidade dos derivados de petróleo, do gás natural e seus derivados, dos combustíveis sintéticos, dos biocombustíveis e do hidrogênio;

..............................................................................................................” (NR)

Art. 20. (VETADO).

Art. 21. Ficam revogados os incisos I, III e IV do caput do art. 1º da Lei nº 9.991, de 24 de julho de 2000.

Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 

Brasília, 22 de janeiro de 2025; 204º da Independência e 137º da República. 

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Antônio Waldez Góes da Silva

Fernando Haddad

Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho

Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima

Arthur Cerqueira Valerio

Silvio Serafim Costa Filho

 Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.1.2025. 


Solução de Consulta Disit/SRRF04 nº 4003/2025: Percentuais de Presunção para IRPJ e CSLL em Serviços de Saúde

 A Solução de Consulta Disit/SRRF04 nº 4003/2025, publicada no DOU de 29/01/2025, estabelece os percentuais de presunção para o Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) aplicáveis a serviços hospitalares, médicos e de saúde, incluindo atividades de apoio à gestão de saúde e acupuntura.

A Solução de Consulta define que:

  • Serviços Hospitalares: Aplica-se o percentual de 8% para IRPJ e 12% para CSLL sobre a receita bruta de serviços hospitalares, desde que a prestadora seja organizada como sociedade empresária e atenda às normas da Anvisa.
  • Fisioterapia: A fisioterapia, como subatividade dos serviços hospitalares, também se enquadra nos percentuais de 8% para IRPJ e 12% para CSLL.
  • Consultas Médicas: Consultas médicas, mesmo dentro de hospitais, não se enquadram como serviços hospitalares e não se beneficiam dos percentuais reduzidos.
  • Apoio à Gestão de Saúde e Acupuntura: Para estas atividades, não listadas nas Atribuições 1 a 4 da Resolução da Anvisa, aplicam-se os percentuais de 32% tanto para IRPJ quanto para CSLL.

Informações Adicionais:

A Solução de Consulta vincula-se a outras Soluções de Consulta (Cosit nº 86/2014, 145/2018, 103/2023, 147/2023 e 247/2023) e cita dispositivos legais como a Lei nº 9.249/95, Lei nº 9.430/96, Instrução Normativa RFB nº 1.234/2012, Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 e RDC Anvisa nº 50/2002.

Relevância:

Esta Solução de Consulta é crucial para empresas do setor de saúde, pois define os percentuais de presunção para IRPJ e CSLL, impactando diretamente no cálculo dos impostos e na gestão financeira dessas organizações. É fundamental que as empresas do setor estejam cientes dessas definições para garantir o correto cumprimento de suas obrigações tributárias.

Observação: A Solução de Consulta foi publicada no DOU de 29/01/2025, Seção 1, página 31.


Solução de Consulta Disit/SRRF04 nº 4003, de 24 de janeiro de 2025
(Publicado(a) no DOU de 29/01/2025, seção 1, página 31)  

Assunto: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ
LUCRO PRESUMIDO. PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO APLICÁVEL. SERVIÇOS HOSPITALARES, MÉDICOS E DE SAÚDE. ATIVIDADES DE APOIO À GESTÃO DE SAÚDE E DE ACUPUNTURA.
Para efeito de determinação do lucro presumido, aplica-se o percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta decorrente da prestação de serviços hospitalares, assim considerados aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas nas Atribuições 1 a 4 da Resolução de Diretoria Colegiada n° 50, de 2002, da Anvisa, bem como de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear, análises e patologias clínicas, assim como dos demais serviços previstos na Atribuição 4: Prestação de Atendimento de Apoio ao Diagnóstico e Terapia, da citada Resolução, desde que, cumulativamente, a prestadora desses serviços seja organizada, de fato e de direito, sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Anvisa, podendo atuar utilizando-se de estrutura própria ou de terceiro.
Assim sendo, aplica-se o percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta decorrente da prestação de serviços de fisioterapia, que é subatividade da dita Atribuição n° 4 dos aludidos estabelecimentos.
Desse conceito de serviços hospitalares estão excluídas as simples consultas médicas, ainda quando realizadas no interior de hospitais.
Com respeito, nomeadamente, às atividades de apoio à gestão de saúde e de acupuntura, por não estarem referidas nas Atribuições 1 a 4 da mencionada Resolução, aplica-se o percentual de 32% (trinta e dois por cento).
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT N° 86, DE 2 DE ABRIL DE 2014, N° 145, DE 19 DE SETEMBRO DE 2018, N° 103, DE 22 DE MAIO DE 2023, N° 147, DE 20 DE JULHO DE 2023, E N° 247, DE 23 DE OUTUBRO DE 2023.
Dispositivos Legais: Lei n° 9.249, de 1995, art. 15, caput, §§ 1°, inciso III, alínea «a», e 2°, e art. 20; Lei n° 9.430, de 1996, art. 25, inciso I; Instrução Normativa RFB n° 1.234, de 2012, arts. 30, 31 e 38, inciso II; Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017, arts. 33, §§ 1°, inciso II, alínea «a», e 3°, e 215; RDC Anvisa n° 50, de 2002.
Assunto: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
RESULTADO PRESUMIDO. PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO APLICÁVEL. SERVIÇOS HOSPITALARES, MÉDICOS E DE SAÚDE. ATIVIDADES DE APOIO À GESTÃO DE SAÚDE E DE ACUPUNTURA.
Para efeito de determinação do resultado presumido, aplica-se o percentual de 12% (doze por cento) sobre a receita bruta decorrente da prestação de serviços hospitalares, assim considerados aqueles que se vinculam às atividades desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades previstas nas Atribuições 1 a 4 da Resolução de Diretoria Colegiada n° 50, de 2002, da Anvisa, bem como de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear, análises e patologias clínicas, assim como dos demais serviços previstos na Atribuição 4: Prestação de Atendimento de Apoio ao Diagnóstico e Terapia, da citada Resolução, desde que, cumulativamente, a prestadora desses serviços seja organizada, de fato e de direito, sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Anvisa, podendo atuar utilizando-se de estrutura própria ou de terceiro.
Assim sendo, aplica-se o percentual de 12% (doze por cento) sobre a receita bruta decorrente da prestação de serviços de fisioterapia, que é subatividade da dita Atribuição n° 4 dos aludidos estabelecimentos.
Desse conceito de serviços hospitalares estão excluídas as simples consultas médicas, ainda quando realizadas no interior de hospitais.
Com respeito, nomeadamente, às atividades de apoio à gestão de saúde e de acupuntura, por não estarem referidas nas Atribuições 1 a 4 da mencionada Resolução, aplica-se o percentual de 32% (trinta e dois por cento).
SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA ÀS SOLUÇÕES DE CONSULTA COSIT N° 86, DE 2 DE ABRIL DE 2014, N° 145, DE 19 DE SETEMBRO DE 2018, N° 103, DE 22 DE MAIO DE 2023, N° 147, DE 20 DE JULHO DE 2023, E N° 247, DE 23 DE OUTUBRO DE 2023.
Dispositivos Legais: Lei n° 9.249, de 1995, art. 15, caput, §§ 1°, inciso III, alínea «a», e 2°, e art. 20; Lei n° 9.430, de 1996, art. 25, inciso I; Instrução Normativa RFB n° 1.234, de 2012, arts. 30, 31 e 38, inciso II; Instrução Normativa RFB n° 1.700, de 2017, arts. 33, §§ 1°, inciso II, alínea «a», e 3°, e 215; RDC Anvisa n° 50, de 2002.

ROBERTO PETRÚCIO HERCULANO DE ALENCAR
Chefe da Divisão
Em exercício
*Este texto não substitui o publicado oficialmente.