segunda-feira, 13 de maio de 2013

Trabalhando com o inimigo: como lidar com pessoas difíceis no trabalho

Precisamos, inicialmente, partir do princípio de que não se trata de má índole, até que se prove o contrário.

Maurício Seriacopi

Depois da “falta de comunicação” ou “comunicação cheia de entraves”, o que mais atrapalha nos relacionamentos entre colegas de trabalho é a falta de caráter.
Precisamos, inicialmente, partir do princípio de que não se trata de má índole, até que se prove o contrário.
01. Como nascem essas figuras nas organizações?
A permanência do profissional com muito tempo na empresa, principalmente exercendo cargo de confiança, em especial no administrativo e no financeiro.
Favorecimento por parte de alguns líderes na indicação de contratação ou promoção de amigos e parentes.
Ausência de política disciplinadora, e até penalizante, como ocorre, principalmente nas repartições públicas.
Distanciamento do principal líder com os níveis intermediários e inferiores.
Falta de um plano de engajamento dos colaboradores nos objetivos da organização.
02. Por que há muitas pessoas difíceis nos negócios?
A falta de preparo, especialmente para os colaboradores que exercem funções de liderança é um grande fator. Por muitas vezes são colocados nessas funções como forma de promoção, mas não foram desenvolvidos para assumirem tal.
03. Como descobrir onde está o problema?
Fazer uma sincera e verdadeira auto-análise do seu momento profissional e principalmente financeiro.
Exercer a empatia.
04. Como não sofrer com a presença desses inimigos?
É preciso ter e exercer a resiliência.
Procurar uma ou mais oportunidades para ter conversas claras e francas sobre a situação.
Tentar entender quais as razões que a fizeram tornar-se uma pessoa “do mal”. Por muitas vezes pode ter sido um trauma na adolescência ou até mesmo no próprio trabalho.
Aproximar-se e, depois de descoberta a causa, procurar ajudá-la.
No entanto, deve-se determinar essa ajuda por um período coerente. Não desistir no primeiro desentendimento, mas não tolerar acima da coerência e bom senso.
Mudar a estratégia se distanciando ao máximo da pessoa negativa e mantendo apenas a relação cordial que o trabalho requer.
05. E quando não dá certo ou nada muda?
Desenvolver a empregabilidade.
Buscar outra recolocação no mercado ainda se mantendo na empresa.
Se possível (e se existir essa pessoa) procurar por um líder acima na hierarquia e comunicar-lhe de forma construtiva, as razões pelas quais deixará a empresa.
06. Ainda que desagradável, há alguma vantagem em trabalhar com alguém assim?
Sim. Além da própria resiliência, aprende-se a ser tolerante.
07. Existem empresas sem esse tipo de pessoas?
Sim. Empresas com missão, visão e valores claros que realmente “respiram” e inspiram-se por eles, conseguem criar um ambiente favorável que repelem naturalmente as pessoas que não se enquadrem na filosofia.
08. Algum outro fator oculta a causa de pessoas serem ou estarem difíceis?
Vivemos em tempos de muita produtividade, mais pressão por resultados e, por muitas vezes, sem o desenvolvimento de competências e sem planejamento.
A velocidade das informações tem gerado uma aceleração do tempo.
É preciso, urgentemente, que as empresas sejam humanizadas. Que a relação corporal não seja superada pela tecnologia e pelas ferramentas que distanciam o gostoso e necessário “olho a olho”.
Fonte: Canal Executivo

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